Quando abordamos a questão do saneamento básico, compreendemos que uma gestão eficaz dos resíduos sólidos, da drenagem urbana, do abastecimento de água potável e do tratamento dos efluentes líquidos são elementos fundamentais para garantir o funcionamento equilibrado e sustentável de uma cidade.
Os resíduos sólidos podem ser classificados de diversas maneiras, levando em conta sua composição, origem, reatividade, entre outros aspectos. No entanto, neste momento, vamos nos concentrar especialmente nos efluentes líquidos, os quais se caracterizam principalmente pelo estado líquido predominante, mas também podem conter partículas sólidas em sua composição.
É crucial compreender que o descarte inadequado desses efluentes líquidos, sem o devido tratamento e preservação ambiental, pode acarretar sérios problemas na qualidade de vida dos cidadãos. Isso inclui o surgimento de odores desagradáveis, deterioração da infraestrutura urbana e até mesmo a propagação de doenças transmitidas pela água, como Malária e Esquistossomose, por meio do contato direto ou indireto com os efluentes contaminados.
Quando se trata de efluentes, é comum recorrer às normas da ABNT, como a NBR 9800/87, que estabelece “critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público de esgoto sanitário”. Além disso, essa norma define conceitos importantes, como esgoto sanitário, esgoto doméstico e efluente líquido industrial, contribuindo para uma gestão mais eficiente e responsável dos recursos hídrico
Esgoto sanitário é definido como o “Despejo líquido constituído de esgoto doméstico e industrial, água de infiltração e a parcela de contribuição pluvial parasitária julgada conveniente”. Pode-se dizer que é a junção dos efluentes coletados pela rede de esgoto e de drenagem, mesmo que geralmente eles não sejam misturados.
Esgoto Doméstico , definido como “Despejo líquido resultante do uso da água pelo homem em seus hábitos higiênicos e atividades fisiológicas” geralmente é composto por 99,9% de água e o restante por sólidos orgânicos e inorgânicos em conjunto com microrganismos. São mais “simples” de tratar devido à alta quantidade de água e menor complexidade dos contaminantes.
Efluente Líquido Industrial , é definido como “Despejo líquido proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo efluentes de processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico.” Basicamente são águas residuais provindas de processos produtivos e são mais difíceis de tratar a depender de suas características, como por exemplo, a presença de óleos e graxas, gorduras, metais pesados, outros contaminantes e até mesmo a carga orgânica.
A NBR 9800/1987 define algumas condições gerais em relação aos efluentes industriais, sendo algumas delas:
Águas pluviais e de refrigeração não devem ser lançadas no sistema coletor público;
A coleta dos diversos componentes dos efluentes líquidos industriais, dentro do terreno da indústria, deve ser feita segundo os critérios dos órgãos públicos competentes, controlador e operador;
O lançamento dos efluentes líquidos industriais no sistema coletor público deve ser feito preferencialmente através de ligação predial única;
A ligação predial deve ser precedida por tubo de inspeção e limpeza (TIL) ou poço de visita (PV) e dispositivos de amostragem e/ou medição, executados de acordo com os critérios estabelecidos.
A norma também proíbe o lançamento no sistema coletor público de esgoto sanitário de :
a) substâncias que sejam capazes de causar incêndio ou explosão, ou sejam nocivas aos sistemas de esgotos, como, por exemplo, gasolina, óleos, solventes e tintas;
b) substâncias que, por si ou por interação com outros despejos, causem prejuízo público, risco à vida ou prejudiquem os sistemas de esgotos;
c) substâncias tóxicas em quantidades que interfiram em processos biológicos de tratamento de esgotos ou que causem danos ao corpo receptor;
d) materiais que causem obstrução na rede coletora ou outra interferência com a própria operação do sistema de esgotos, como, por exemplo, cinzas, areia, metais, vidro, madeira, pano, lixo, asfalto, cera e estopa.
A DMB tem como especialidade o tratamento de Efluentes Orgânicos Não Perigosos, oriundos de atividades industriais, sempre nos atentando às normas e leis vigentes. Além da nossa transparência e flexibilidade, visto que os efluentes coletados podem variar, prezamos pela sustentabilidade em todos os nossos processos, para assim entregarmos segurança e tempo para que nossos clientes possam focar em seus negócios.
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